Quarta-feira/ 30/ Outubro, 2024 - 20:33

Prêmio Região do Cerrado Mineiro revela campeões e movimenta mais de meio milhão de reais

Prêmio Região do Cerrado Mineiro revela campeões e movimenta mais de meio milhão de reais

Na noite de 30 de outubro, a Federação dos Cafeicultores do Cerrado realizou a cerimônia de premiação e leilão dos lotes finalistas do VII Prêmio Região do Cerrado Mineiro. O evento aconteceu na Casa Garcia, em Uberlândia – MG, e reuniu produtores, cooperativas, associações, cafeterias, torrefações, exportadores e importadores de café. O Prêmio Região do Cerrado Mineiro é uma iniciativa da Federação dos Cafeicultores do Cerrado com apoio do Sebrae, das Cooperativas e Associações filiadas. A Syngenta foi a patrocinadora oficial e a premiação contou, ainda, com os patrocínios de Sicoob, Case IH, Pinhalense, Investbras e Rabobank.

Premiações

Foram revelados os produtores dos melhores cafés da safra, divididos em duas categorias: Natural e Cereja Descascado.  Na categoria Cereja Descascado, o campeão foi Eduardo Pinheiro Campos e o café da variedade Bourbon Amarelo, da Fazenda Dona Nenem de Presidente Olegário, com a nota de 87,63 pontos. A segunda colocação ficou com Rafael Vinhal e o café da variedade Catuaí Vermelho, da Fazenda Estrela de Serra do Salitre, com a nota de 87,50 pontos. Guima Café e o Bourbon Amarelo, de Varjão de Minas, ficaram com a terceira colocação da categoria Cereja Descascado, tendo alcançado a nota de 86,63 pontos.

Eduardo Pinheiro Campos, tricampeão do Prêmio Região do Cerrado Mineiro e único finalista em todas as edições, falou da emoção de vencer mais uma vez: “tenho a honra e alegria de participar novamente com meus amigos cafeicultores. Em cada concurso nos sentimos diferentes, não há como explicar a emoção que a gente sente nesse momento. Posso dizer que estou muito orgulhoso do trabalho dos meus colaboradores, pois são eles que preparam esses cafés” – explicou Campos.

Na categoria Natural a Família Naimeg, da Fazenda Londrina, sagrou-se campeã com o café da variedade Rubi que atingiu 90,04 pontos. A segunda colocação foi para a Família Aga, estreante no concurso, que apresentou o café da variedade Catuaí Vermelho da Fazenda Douradinho e chegou a 88,63 pontos. Maria Soraia Guimarães, outra estreante, ficou com a terceira colocação com o café da variedade Mundo Novo, produzido na Fazenda Jacu Lugar Tijuco, tendo atingido 87,46 pontos.

Leilão e novos recordes

O leilão dos lotes finalistas esteve a cargo da empresa Investbras. Mauro Lúcio dos Santos foi o leiloeiro oficial e contou com a presença de 17 compradores. Os três primeiros colocados de cada categoria tinham três sacas em oferta; as outras sete que compõem o lote foram vendidas antecipadamente. As demais colocações foram a leilão com o lote de dez sacas.

A edição de 2019 trouxe um novo recorde: a saca do café campeão da categoria Natural, da Família Naimeg, foi arrematada por R$20.017,00 por um consórcio formado por Expocaccer, CarmoCoffees e Café Cajubá. Ao formar o consórcio, Carlos Santana, representando a CarmoCoffees, afirmou que a união da empresas foi motivada pelo projeto Integrating the Coffee Chain, da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, que une a cadeia do café em torno da Denominação de Origem Região do Cerrado Mineiro e, assim, quebraram o recorde anterior de R$19.000,00 a saca de 60 quilos.

A premiação movimentou R$509.433,00 entre as vendas antecipadas e o leilão, superando o valor de R$389.983 arrecadados em 2018. O valor médio da venda dos lotes no leilão, por saca, foi de R$4.500,00 – quase três vezes superior à média de 2018. Os maiores compradores do leilão, em valores, foram o Café Cajubá, Expocaccer e Lucca Cafés Especiais.

Francisco Sérgio de Assis, presidente da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, comemorou o resultado. “Recebemos o feedback de grandes compradores e exportadores de que o café da Região do Cerrado Mineiro está cada vez melhor, o que prova a competência dos cafeicultores da nossa Região. Além dessa qualidade e da sustentabilidade, o que nos faz fortes é a nossa união e propósito de gerar riquezas e renda” – disse Assis.

Mais um recorde batido! O café campeão do VII Prêmio Região do Cerrado Mineiro, na categoria Natural, foi arrematado por R$20.017,00, superando o campeão de 2018 que chegou a R$19.000,00.

Jorge Naimeg, campeão da categoria Natural e recordista do leilão, falou do trabalho que levou ao título. “Estamos muito felizes! Esse é um reconhecimento do trabalho e da dedicação do ano inteiro de toda uma equipe, de toda a família, e conseguimos esse resultado que tanto esperamos. Agradecemos às empresas que arremataram nosso lote e espero que todos que tomem o nosso café gostem do nosso trabalho”, afirmou o recordista.

Troféu Personalidade de Atitude

A Federação dos Cafeicultores do Cerrado homenageou pessoas importantes para o desenvolvimento da Região do Cerrado Mineiro com o Troféu Personalidade de Atitude. Nesta edição foram homenageados Tarcísio Daniel, Presidente da Carpec; Régis Damásio Salles, Superintendente da monteCCer; Naiara Marra, Analista do Sebrae no Cerrado Mineiro e Cesarino Bicalho, Superintendente da Assogotardo.

Troféu Escola de Atitude

Um dos momentos mais emocionantes do VII Prêmio Região do Cerrado Mineiro foi a entrega do Troféu Escola de Atitude, mais uma das novidades da premiação. O Troféu valoriza iniciativas de escolas que estejam no Cerrado Mineiro e que tenham ações ou projetos transformadores, que influenciem a vida de crianças e adolescentes.  A Escola Eurípedes Barsanulfo, de Sacramento, foi a contemplada e receberá 10% do valor arrecadado com a venda dos lotes finalistas, um total de R$50.943,30. A escola filantrópica desenvolve uma metodologia pioneira no Brasil chamada de “Metodologia do Amor”, que estimula o desenvolvimento das crianças como seres completos. A escola recebe crianças a partir de 8 meses de idade, que permanecem lá até o 5º ano escolar. Do total de 300 crianças, 200 ficam na escola em tempo integral. Os alunos da escola premiada emocionaram e encantaram a todos com uma apresentação que trouxe clássicos da música brasileira, como Asa Branca e Sabiá, cup songs e ainda tocaram instrumentos de percussão feitos com galões recicláveis.

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