O Presidente Da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, Francisco Sérgio de Assis comemorou os resultados. “O balanço deste dia é o melhor possível. Tivemos a venda da saca de café pelo valor de R$19 mil, o que mostra credibilidade, a segurança que o comprador tem na qualidade dos cafés da Região e a valorização do nosso produtor pelo trabalho bem feito na safra.” – afirmou Assis.
Lote Campeão do Prêmio Região do Cerrado Mineiro é arrematado por R$19 mil a saca
Valor é o maior já pago por um café campeão da premiação
Texto: Federação dos Cafeicultores do Cerrado
FOI UMA NOITE para marcar a história da cafeicultura do Cerrado Mineiro. O VI Prêmio Região do Cerrado Mineiro inovou e levou para a cerimônia de premiação a realização do leilão ao vivo dos lotes finalistas. Já na primeira edição, um sucesso absoluto com a venda de todos os 25 lotes que chegaram à final, além de um recorde alcançado. O lote campeão da Categoria Natural foi arrematado por R$19 mil a saca de 60 quilos. A premiação aconteceu no último dia 21 de novembro, na Casa Garcia, em Uberlândia – MG.
Em sua sexta edição, a premiação tem por objetivo celebrar a safra e premiar os produtores dos melhores lotes. Neste ano, a Federação dos Cafeicultores do Cerrado, entidade organizadora da Premiação inovou, os compradores estavam lado a lado e na presença dos finalistas dando os lances ao vivo, para uma plateia de 300 pessoas. Os lotes foram disputados, lance a lance, em momentos de grande emoção que levaram os convidados a vibrarem junto com os produtores.
Os lotes mais disputados e que alcançaram os maiores lances foram o 1º lugar da Categoria Cereja Descascado, do produtor Ismael de Andrade, arrematado pela Condessa por R$3.100,00 a saca de 60 quilos, seguindo o lote do 3º lugar da categoria natural, do produtor Márcio Borges Castro Alves, Fazenda Barinas em Araxá, que foi arrematado pela Nucoffee por R$3 mil a saca da 60 quilos.
E o grande recordista da noite, o lote de Eduardo Pinheiro Campos, Fazenda São João Grande, campeão da Categoria Natural, que foi arrematado por R$19 mil a saca da 60 quilos, pela exportadora Cafebras, depois de um leilão eletrizante. O lote recordista é da variedade Bourbon Amarelo e alcançou 88,06 pontos. Com sabor e aroma de goiabada, morango, jabuticaba, frutas cítricas, notas de vinho tinto e whisky, o lote chamou a atenção dos compradores.
Emocionado, o recordista avaliou o feito histórico. “É uma mistura de felicidade, emoção e orgulho. Mas esse mérito não é apenas meu, mas da minha equipe de qualidade.” – afirmou Campos.
O gerente de qualidade das Fazendas Dona Nenem e São João Grande, o Q-Grader, Renato Souza, também ressaltou o trabalho em conjunto: “Aqui não tem segredo, é o empenho da equipe que trabalha o ano todo e hoje colhemos este resultado. Este evento vai ficar marcado na nossa história, obrigada a todos por nos proporcionarem esse momento” – finalizou ele.
Foram 13 compradores inscritos para o leilão: Expocaccer, Olam, Nucoffee, Volcafé, Cafebras, Stockler, EISA, Café Cajubá, Cerrad Coffee, 3 corações, Lucca Cafés Especiais, Condessa e Carmo Coffees. A Nucoffee arrematou 5 lotes, ao seu lado a Cafebras que também arrematou 5 lotes, incluindo a compra do café mais caro da premiação.
O Café Cajubá arrematou 4 lotes. A Cooperativa Expocaccer levou 3 lotes.
Segundo Eustáquio Miranda, CEO da Cafebras, arrematadora do café mais caro do leilão, o valor é uma forma de homenagear o trabalho dos produtores. “Eu tenho acompanhado todo o trabalho, todo esse empenho há 21 anos. Eles têm feito estudos, investimentos, então, na verdade, é um valor simbólico para reconhecer, em nome de um produtor, todos os produtores da Região, para os estimular a continuarem trabalhando e se dedicando à qualidade, focados no consumidor final” – finalizou o CEO.
O VI Prêmio Região do Cerrado Mineiro movimentou R$389.983,00 entre as vendas antecipadas das cotas e as vendas do leilão. O valor médio por saca foi de R$1.559,93 o que equivale a 3 vezes o valor praticado no mercado de commodities.
“Foi sensacional, os cafés e esta noite. Com certeza estes lotes estarão nas melhores cafeterias do Brasil e do mundo, em breve, os clientes podem esperar cafés extraordinários. Parabéns a todos os produtores.” – comemorou Geórgia Franco, do Lucca Cafés Especiais, uma das compradoras dos lotes.
A Nucoffee, patrocinadora oficial do evento e parceira desde a primeira edição da premiação trouxe ao Cerrado Mineiro três compradores do mercado americano, que dias antes da premiação visitaram fazendas de alguns finalistas. A exportadora representou os torrefadores durante o leilão, arrematando 5 lotes. Segundo o Gerente de Marketing da plataforma Nucoffee, Juan Gimenes, o Prêmio Região do Cerrado Mineiro motiva também a nova geração de cafeicultores. “A premiação aos melhores cafés da Origem Cerrado Mineiro não apenas vem coroar o esforço de todos os produtores da região, envolvidos na busca incessante pela qualidade, mas também é um grande estímulo e um direcionador para a formação da nova geração de cafeicultores que, com certeza, saberá dar continuidade e valorizar essa Origem única.” – finalizou Gimenes.
O superintendente da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, Juliano Tarabal, enfatiza a importância do modelo de negócios que coloca no mercado cafés com Origem Controlada. “Já na primeira edição do leilão ao vivo, conseguimos atingir valores expressivos e vender todos os lotes colocados no leilão, o que incentiva a busca pela qualidade na produção dos cafés, valoriza o trabalho dos produtores e coloca em evidência a Denominação de Origem Região do Cerrado Mineiro, reforçando sua notoriedade.” – afirmou Tarabal.
Atitude de campeão
O recordista da noite, Eduardo Pinheiro Campos, doou os R$5.700,00, valor arrecadado com a venda do seu lote de 3 sacas premiado na Categoria Cereja Descascado, para a reforma estrutural do Centro de Excelência do Café, em Patrocínio, mantido pela Fundaccer, Fundação ligada à Federação dos Cafeicultores do Cerrado. A empresa Dimap, também vencedora da noite, através de seu diretor André Gonçalves Ferreira, aderiu à campanha e também doou R$4.350,00, referente ao lote de 3 sacas comercializado no leilão.
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Os campeões da noite
A premiação é dividida em duas categorias: Natural e Cereja Descascado. São premiados os três melhores lotes de cada categoria. Foram eles:
Categoria Cereja Descascado
1º lugar: Ismael de Andrade, com a nota de 87,25 pontos;
2º lugar: Eduardo Pinheiro Campos, com nota de 86,84 pontos e
3º lugar: Dimap, com nota de 86,19 pontos.
Categoria Natural
1º lugar: Eduardo Pinheiro Campos, com nota de 88,06 pontos;
2º lugar: Pedro Humberto Veloso, com nota de 87,58 pontos e
3º lugar: Márcio Borges Castro Alves, com nota de 87,42 pontos.
Com os títulos conquistados nesta edição da premiação, o produtor Eduardo Pinheiro Campos se tornou o maior detentor de títulos da história da premiação e o recordista com o café mais caro já vendido no Prêmio.
Para Naiara Marra, Analista do Sebrae Minas, o Prêmio Região do Cerrado Mineiro tem o importante papel de “conectar”: “O Prêmio e o leilão mostram o trabalho dos nossos cafeicultores, sendo o elo entre os produtores e os compradores e nós, do Sebrae, atuamos muito nessa conexão” – finalizou a analista.
Homenageados
Além das premiações aos produtores campeões, a Federação dos Cafeicultores do Cerrado também homenageou três personalidade que são fundamentais na história do Cerrado Mineiro.
São eles: Eliane Cristina Cardoso, Superintendente da Cooperativa Coocacer Araguari que, em 2018, completa 25 anos; Paula Dulgheroff, barista e mestre de torra, grande parceria dos projetos do Cerrado Mineiro e também Gláucio de Castro, vice-presidente da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, da Fundaccer e da Expocaccer, Cooperativa que também comemora neste ano, 25 anos de fundação.
A Nucoffee também reconheceu 3 produtores por terem entregado o melhor café do recebimento da safra 18/19. São eles: Ronan Resende de Carvalho (RTV Henrique Rezende); Orlando Nakao (RTV Alysson) e Diogo Tudela (RTV Tiago Freitas).
O Prêmio Região do Cerrado Mineiro é uma realização da Federação dos Cafeicultores do Cerrado e tem apoio do Sebrae. A Nucoffee, uma inciativa da Syngenta, foi a patrocinadora oficial. Esta edição da premiação teve ainda o patrocínio do Sicoob – Sistema Crediminas, Case, Investbras, Pinhalense e Rabobank.