Sexta-feira/ 29/ Março, 2024 - 6:32

Histórias do futebol de Monte Carmelo, Operário EC

Uma entrevista descontraída para o Programa Estação Esporte, feita fora dos estúdios da TV Nova, mereceu destaque nas páginas da Repleta 2020

Histórias do futebol de Monte Carmelo, Operário EC

Uma entrevista descontraída para o Programa Estação Esporte, feita fora dos estúdios da TV Nova, mereceu destaque nas páginas da Repleta 2020

Eduardo Soares e sua equipe foram recebidos na casa de seu tio Gercino Geraldo dos Santos, mais conhecido como “Nenê do Operário”, que ao lado do Sr. Vicente de Souza Leite, popular “Vicente Catinguinha” e Léo Reis (Miquinho) relataram fatos memoráveis de suas gerações como atuantes no futebol Carmelitano.

Falaram da escolinha de futebol improvisada num campinho de grama natural “mesmo”, localizado no pasto da dona Quita, próxima à Cerâmica Paulo Lassi. Lá se reuniam depois das aulas para jogarem sob o comando do treinador Sr.Nenê, ex-jogador do Operário Esporte Clube.

Léo Miquinho, que fez parte de uma geração mais recente, lembrou que os times eram formados em sua maioria por meninos que moravam na rua Riachuelo ( popularmente conhecida como Rua do Toco) e também das ruas vizinhas. Nesse momento, o entrevistador Eduardo também ressaltou que fazia parte desse grupo e adorava jogar futebol na difícil posição de goleiro, debaixo das traves do gol, que eram feitas de pororoca.

Léo Reis, Vicente Souza, Gercino Geraldo e Eduardo Soares

Léo contou que lá organizavam até campeonatos e mencionou um que ficou marcado: Uma partida organizada por Sandro Régio “Marola” da Farmácia Miligrama, em que o mesmo levou atletas maiores em tamanho e idade. Então, ele (Léo) e os amigos Edmilson e Jair de Pádua Júnior comentaram: “Não vai dar, os caras são todos grandes! Aí Sr. Nenê chamou Lee e Flávio para reforçar o time e vencemos por 1×0, com um gol meu.” Miquinho continuou: “ Mas o jogo mais importante q fiz pelo Operário foi um clássico num campeonato regional organizado pelas ligas de Monte Carmelo e de Patrocínio, com atletas de até 20 anos.

Foi contra a Cerâmica Inca, do saudoso Geraldinho e que se apresentava como favorita. Vencemos com dois gols de Rodrigo e dois gols meus. Fomos pra final contra a equipe de Romaria, reforçada com atletas de Patrocínio e de Uberlândia. Levantamos o caneco de campeão e guardo com carinho a camisa até hoje!”

Ele ainda falou com muito orgulho do time do Operário Esporte Clube, de sua atuação como atleta, de craques de várias gerações e do quanto se sente honrado em estar ao lado de pessoas que fizeram parte da história do esporte em nossa cidade.

Sr. Vicente, nascido em Monte Carmelo , era meio-campista, gostava de jogar com a camisa 8. Iniciou jogando a tradicional “pelada” do país do futebol. Como jogador do Operário,em um jogo inesquecível contra o Cem , lançou a bola para o Marcinho(pai de Léo) fazer o gol do título.

Ainda tem na memória a escalação do time: Tonho Preto, Roberto Veloso, Pé-de-ferro, Boneco, Zé Mauro, Quinca Borá, Fofoca, Pedro Bó, Sapucaia, (ele)Vicente e Marcinho.

Lembrou de um jogador que ele considera “craque” do Operário de sua época: Pedro Bó, que atualmente reside em Uberaba.

Nenê do Operário nasceu em Coromandel, mas mudou-se para Monte Carmelo aos 5 anos de idade. Falou da infância numa época difícil para quase todos, e também mostrou orgulhoso o diploma, que obteve em 1961. Sua história no futebol começou juntamente com Nelsinho, filho de seu patrão, que também gostava muito de futebol.

A principio iam jogar no time do Ferroviário no início dos anos 60, depois foi chamado para o Operário Esporte Clube, inclusive recusando convite de Lucas e de Dr. João Bitencourt para jogar no Clube dos Cem, principal adversário do alvinegro carmelitano.
Revelou que sempre ficava no banco, era considerado um jogador “curinga” e era ambidestro. Um dos jogos inesquecíveis foi contra Coromandel. Ele estreou como titular, camisa 10 e contou com detalhes como foram os três gols que marcou, virando o jogo.
Respondendo a uma pergunta da Repleta sobre quem foi o craque de sua época, Nenê foi categórico: “Vicente!”

Nessa entrevista ficou evidente o carinho e o respeito pelo esporte carmelitano e especialmente pelo Operário Esporte Clube, com sua história, sua torcida empolgante, uma estrutura muito bem cuidada. “O estádio Sílvio Macedo precisa de um time para representar nossa cidade!”, concordaram. Também comentaram sobre os clássicos que movimentavam a cidade, tantos atletas que foram destaques nos clubes locais, e ainda chamaram a atenção para a necessidade de incentivar a garotada a praticar futebol … “mais esporte e menos celular”!

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